quarta-feira, 15 de junho de 2011

tudo tem um fim.

lembras-te quando davamos as mãos? quando me agarravas e me fazias sentir arrepiada? quando me sussurravas ao ouvido « totóziinha » e eu automaticamente sorria? lembras-te de quando me olhavas nos olhos e eu desviava o olhar envorganhada? quando à noite viamos juntos as estrelas, os aviões e pedia para ficarmos juntos para sempre? lembras-te quando cuidadosamente (ou não) me ferravas e o meu corpo se arrepiava? quando me mandavas mensagens de bom dia e passavamos o dia todo a falar nem que fosse sobre coisas parvas? quando nos chamavamos de « mon amour » e « ma vie » e de quando me levavas a casa e iamos agarradinhos pelo caminho? lembras-te de todos os momentos passados em tua casa e não só? lembras-te do natal, ano novo e de quando me obrigas-te a subir as escadas de tua casa para conhecer a tua mãe? lembras-te quando me dizias « és quem nunca quero perder » ou que a distância não nos ia separar? lembras-te dos nossos dias, noites e fins de semana juntos? é que eu lembro-me.
porque teve tudo que terminar? porque teve tudo que acabar assim? porque tiveste que partir? porque teve que haver um ultimo adeus e uma despedida? porque tiveste que ir para o outro lado do oceano e abandonar quem mais te ama e sempre fez de tudo para que resultasse? custou-me tanto dar-te um ultimo abraço e largar a tua mão, sabendo que não ias para casa e que no dia seguinte iamos estar juntos... mas saber que ias para o outro lado do oceano e que podia estar anos sem te voltar a ver, sem voltar a ter-te por perto e sem poder ouvir a tua voz, que é sem duvida a mais linda que me podia sussurrar.
não queria largar a tua mão, não queria que fosses. mas quando demos o ultimo beijo, o ultimo abraço as nossas mãos largaram-se e tiveste que partir. as lágrimas escorriam-me pela cara, o sofrimento era (e ainda é) enorme, quando ias ao fundo da rua e olhas-te para trás, olhando uma ultima vez para mim, senti que te estava a perder e só queria gritar que te amo, para não ires embora. mas de que adiantava? chorasse o que eu chorasse, dissesse o que dissesse, sentisse o que eu sentisse, nada podia mudar a tua partida, tinhas que ir. na altura senti que não querias ir, custou-me tanto ver o estado em que estavas, mas agora estas feliz e eu só quero a tua felicidade. se agora a tua felicidade é longe daqui, longe de mim, então sê feliz.
nada disto foi facil. manter relações à distância não é impossivel mas é dificil, principalmente se a pessoa estiver do outro lado do oceano e não souber quando vai voltar. mas amizade? nunca pedi nada mais que amizade. mas nem isso conseguimos ter, nem uma conversa decente conseguimos manter.
não aguento mais o sofrimento que isto me causa. isto é fácil? não, não é. sinto tanta falta de poder falar contigo sem receio do que tu me possas dizer, sinto tanto a tua falta.
as saudades são enormes, já são quase cinco meses sem te ver, olhar o teu sorriso, sem poder agarrar a tua mão, sem te poder olhar nos olhos e dizer que te amo. rodeios para quê? tenho saudades tuas.

de que adianta ser quem mais te ama independentemente desta distância?
tudo isto porque já te tentei esquecer de mil e uma maneiras, mas não consegui.

tudo isto porque te amo como nunca amei ninguém.

na vida tudo acaba, e entre nós tudo acabou.