domingo, 19 de junho de 2011

só te queria apagar do meu coração.


faz hoje cinco meses. cinco meses que te dei a mão e que te abracei, uma ultima vez.
sabes... no dia seguinte a teres ido embora, acordei ainda em lágrimas contigo no meu pensamento e esperei durante horas, por uma mensagem tua que eu sabia que não ia chegar. nesse dia passei vezes sem conta por tua casa com a esperança de te ver na porta, o que eu sabia que não ia acontecer. e nesse dia, frequentei locais que frequentavas com a esperança de te ver chegar lá com aquele teu sorriso lindo e contagiante, embora soubesse que não ias aparecer. nesse dia chorei (tanto ou mais que nos outros dias), cairam-me lágrimas vezes sem conta, não as conseguia controlar, desesperava com a esperança de te ver entrar na net mas por mais horas que passei em frente ao ecrã do computador, não aconteceu. nesse dia adormeci contigo no pensamento (tal como sempre) e no dia seguinte quando acordei? tudo se voltou a repetir, aquele sofrimento e aquela angustia que tinha sobre mim. até que recebi uma chamada tua ao fim da noite... eu não estava em casa, tinha ido com o meu pai buscar o meu irmão para ver se me distraía um pouco e o telemóvel começou a tocar. eu olhei rapidamente e era um numero estranho, com muitos numeros e aí meu coração bateu acelerademente. muito depressa mandei meu pai parar o carro e sai para fora, atendi e tu disseste « mon amour » e aí automaticamente as lágrimas escorreram-me sobre o rosto. foi nessa noite, vinte e um de janeiro, que ouvi pela ultima vez a tua voz, que te ouvi dizer pela ultima vez « eu te amo ». aquele som das tuas palavras não me sai do pensamento, ainda hoje as sinto como se as tivesse ouvido ontem e já lá vão cinco longos meses.
mas desde então lutei, lutei e continuei a lutar contra todo o sofrimento mesmo não obtendo resultados. é uma luta sem fim pela qual não arranjo maneira de acabar com ela. continuo a sofrer por um amor que do mais perfeito, mais lindo e verdadeiro, se tornou num amor impossivel.
eu sei que nenhum de nós teve culpa. eu não queria que partisses, tu não partiste porque querias... teve que ser assim e certamente o destino assim o quis. mas não posso negar que quando duas pessoas se amam e tem que seguir caminhos diferentes sem opcionalmente, dói e muito.
sei que agora estás feliz, mas também sei que por muito que o tempo passe jamais serás esquecido. com isto não estou a dizer que te vou amar sempre (e não quero) simplesmente tento dizer que alguma coisa por mais insignificante que seja é impossivel esquecer. tudo o que se passa de bom ou de mal, fica sempre na memória. que fará esquecer todos os nossos momentos e todo o amor que depositei em ti. mas um dia deixarei de te amar, demore o tempo que demorar. eu vou ganhar esta luta, é tudo o que eu mais quero.

lembra-te que foi a ti, que eu entreguei o meu coração.
e nele terás sempre um lugar.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

tudo tem um fim.

lembras-te quando davamos as mãos? quando me agarravas e me fazias sentir arrepiada? quando me sussurravas ao ouvido « totóziinha » e eu automaticamente sorria? lembras-te de quando me olhavas nos olhos e eu desviava o olhar envorganhada? quando à noite viamos juntos as estrelas, os aviões e pedia para ficarmos juntos para sempre? lembras-te quando cuidadosamente (ou não) me ferravas e o meu corpo se arrepiava? quando me mandavas mensagens de bom dia e passavamos o dia todo a falar nem que fosse sobre coisas parvas? quando nos chamavamos de « mon amour » e « ma vie » e de quando me levavas a casa e iamos agarradinhos pelo caminho? lembras-te de todos os momentos passados em tua casa e não só? lembras-te do natal, ano novo e de quando me obrigas-te a subir as escadas de tua casa para conhecer a tua mãe? lembras-te quando me dizias « és quem nunca quero perder » ou que a distância não nos ia separar? lembras-te dos nossos dias, noites e fins de semana juntos? é que eu lembro-me.
porque teve tudo que terminar? porque teve tudo que acabar assim? porque tiveste que partir? porque teve que haver um ultimo adeus e uma despedida? porque tiveste que ir para o outro lado do oceano e abandonar quem mais te ama e sempre fez de tudo para que resultasse? custou-me tanto dar-te um ultimo abraço e largar a tua mão, sabendo que não ias para casa e que no dia seguinte iamos estar juntos... mas saber que ias para o outro lado do oceano e que podia estar anos sem te voltar a ver, sem voltar a ter-te por perto e sem poder ouvir a tua voz, que é sem duvida a mais linda que me podia sussurrar.
não queria largar a tua mão, não queria que fosses. mas quando demos o ultimo beijo, o ultimo abraço as nossas mãos largaram-se e tiveste que partir. as lágrimas escorriam-me pela cara, o sofrimento era (e ainda é) enorme, quando ias ao fundo da rua e olhas-te para trás, olhando uma ultima vez para mim, senti que te estava a perder e só queria gritar que te amo, para não ires embora. mas de que adiantava? chorasse o que eu chorasse, dissesse o que dissesse, sentisse o que eu sentisse, nada podia mudar a tua partida, tinhas que ir. na altura senti que não querias ir, custou-me tanto ver o estado em que estavas, mas agora estas feliz e eu só quero a tua felicidade. se agora a tua felicidade é longe daqui, longe de mim, então sê feliz.
nada disto foi facil. manter relações à distância não é impossivel mas é dificil, principalmente se a pessoa estiver do outro lado do oceano e não souber quando vai voltar. mas amizade? nunca pedi nada mais que amizade. mas nem isso conseguimos ter, nem uma conversa decente conseguimos manter.
não aguento mais o sofrimento que isto me causa. isto é fácil? não, não é. sinto tanta falta de poder falar contigo sem receio do que tu me possas dizer, sinto tanto a tua falta.
as saudades são enormes, já são quase cinco meses sem te ver, olhar o teu sorriso, sem poder agarrar a tua mão, sem te poder olhar nos olhos e dizer que te amo. rodeios para quê? tenho saudades tuas.

de que adianta ser quem mais te ama independentemente desta distância?
tudo isto porque já te tentei esquecer de mil e uma maneiras, mas não consegui.

tudo isto porque te amo como nunca amei ninguém.

na vida tudo acaba, e entre nós tudo acabou.

foi assim.


Quando as suas mãos se largaram ...

ele partiu e ela ficou,
ele sorriu e ela chorou,
ele amava-a no momento e ela amava-o verdadeiramente,
ela sofre por ele estar longe e ele já tem outra,
ele é tudo para ela e ela não passa de mais uma na vida dele.
 
Assim acaba a história de um amor mútuo, que nunca começou.